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Se eu fosse totalmente eu.

Não posso dizer que eu não me amo, que eu não gosto do meu ser. Muito pelo contrário, eu adoro. Mas num mundo onde se busca o perfeccionismo, é impossível não achar erros, imperfeições, ou simplesmente características que não são do agrado de cada um. Por isso, eu fico pensando em como eu poderia ser se eu fosse diferente, se eu fosse uma pessoa que não é como as pessoas querem que eu seja.

     Eu não me importo tanto com o que a toda sociedade pensa sobre mim. Eu tenho as minhas ideias, eu tenho o meu jeito de agir. “Ela é de áries, tem o gênio forte”, como a minha avó diz e eu afirmo.

     Mas às vezes, eu tenho um outro problema: a falta de coragem. Não é tão significativo, mas faz falta, pois se eu tivesse o suficiente (ou até mais que o suficiente), eu poderia me aventurar mais ainda. Eu poderia me tornar totalmente eu.

      Então, se eu fosse totalmente eu, agiria mais e pensaria menos. Não pensaria trezentas vezes antes por medo de errar, eu somente agiria.

      Se eu fosse totalmente eu, seria mais sincera do que eu já sou.

     Se eu fosse totalmente eu, falaria aos meus colegas que gosto da maioria dos professores e não concordaria com a opinião deles, como faço e fazia para ter algo em comum e não ser deixada de lado. Eu falaria pra eles que eu gosto das aulas e de todas (ou quase todas) matérias também.

     Se eu fosse totalmente eu, me arriscaria mais e faria de tudo. Eu seria a rebelde, eu seria a mocinha e seria a “nerd”, todas elas juntas e misturadas.

      Se eu fosse totalmente eu, faria o que viesse na minha mente, sem olhar para os lados.

            Para assistir o vídeo em que me inspirei para escrever, clique aqui. 

No vídeo, publicado no canal do YouTube "Toda Poesia", é representado o texto de Clarice Lispector, dramatizado por Débora Wainstock.

Escrito por Larissa Parkert

Comentários

  1. Belíssimo texto! Quando as aulas de Língua Portuguesa e Literatura transcendem a Instituição, a professora ama mais ainda! Parabéns!

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