O filme “Narradores de Javé” é bem interessante, pois aborda de uma forma bem fácil de entender vários temas que são estudados na disciplina de História (Primeiro Ano do Ensino Médio, no meu caso). A forma como pessoas simples buscam, apesar da dificuldade com a leitura e escrita, poder e soluções para o problema e, além disso, mostrar o que várias pessoas já passaram em situações parecidas como essa, tendo que deixar os seus lares, é comovente.
É analisando fatos como esse que podemos perceber o quão a História e a história são importantes para o povo, apesar de muitas vezes não saberem a diferença entre elas. Estudaram, de certa forma, a História do lugar e contaram muitas histórias, sem dúvida. E juntando esses dois pontos, não deixaram de serem historiadores buscando saber fatos e momentos importantes que aconteceram e que seriam capazes de ocasionar o tombamento.
As fontes históricas para estes historiadores eram fontes sonoras, ou seja, faladas. As entrevistas que ocorreram trouxeram fontes de lembranças, apesar de não serem totalmente verídicas. Isto nos faz refletir sobre a posição destes sujeitos históricos e como eles acabavam se tornando excluídos da História em muitas das entrevistas, sendo este mais um fato para não se confiar em histórias sem uma base estudada por profissionais.
Apesar de todos estes conhecimentos, a comunidade de Javé não conseguiu reunir provas para comprovar que o tombamento era necessário e, assim, a cidade foi água abaixo. Talvez se tivessem contratado algum especialista, o que acho muito difícil, teriam conseguido ou não, caso essas histórias não passassem de invenções.
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