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Erros de Português: Não esqueça disso!

 

1. Gramas

Todo mundo concorda que “grama” pode se referir tanto ao gramado quanto ao peso do presunto fatiado que você compra na padaria? Mas o que você talvez não saiba é que, se no primeiro caso a palavra é feminina, no segundo (a medida), ela é masculina, igual quilograma! 
     Exemplo: - Não chove há tanto tempo que a grama está até amarelando.
                     - De quantos gramas de queijo você precisa?
                     - São necessários duzentos gramas de manteiga nessa receita.

2. Redundância

Não é raro que a gente às vezes use, na linguagem oral, alguma forma de enfatizar uma expressão sem que haja alguma mudança real no seu significado. Mas na hora de escrever evite esse recurso, já que ele pode pegar mal. 
    Exemplos: - “A grande maioria”.
                      - “Subir para cima” ou “descer para baixo”.
                      - “Sair para fora” ou “entrar para dentro”.
                      - “Planejar antecipadamente”.

3. Plural de substantivos compostos

Os dois termos são flexionados quando são dois substantivos ou um substantivo e um adjetivo. É o caso de: criados-mudos, couves-flores, obras-primas, carros-chefes, etc.

Só o substantivo flexiona quando a palavra é composta por um substantivo e um verbo. Estamos falando de: guarda-chuvas, porta-copos, para-brisas, guarda-roupas, etc.

Só o primeiro elemento flexiona nas palavras compostas unidas por preposição (com ou sem hífen): pés de moleque, pães de ló, pimentas-do-reino, cravos-da-índia, e assim por diante.

Exceções: arco-íris, mapas-múndi e ave-marias, entre outros.

4. Plural de adjetivos compostos

O plural dos adjetivos compostos não é tão complicado quanto o dos substantivos. Nele, a regra é única: só o último elemento flexiona, independentemente de haver hífen.

     Exemplo: - Populações afro-americanas.
                      - Questões político-econômicas.
                      - Fatores histórico-culturais.
                      - Práticas socioambientais.

5. “No qual”, “o qual”, “do qual”, “pelo qual”

O pronome “qual” traz problemas para muita gente, principalmente por vir sempre precedido por preposição (pelo qual, do qual, no qual) ou por artigo (o qual). Uma dica interessante é contar o número de sílabas da preposição: se forem duas ou mais, usa-se “qual”, e não “quem” ou “que”. 
    Exemplo: - Falamos sobre um assunto importante. O assunto sobre o qual falamos é importante.
                    - Ele passou por uma situação difícil. A situação pela qual ele passou foi difícil.
                    - Esta é uma estátua antiga, a qual foi construída há 100 anos.
                    - Estes são os livros sobre os quais lhe falei ontem.

6. “A meu ver” e “Ao meu ver”

Essa é fácil: a expressão “ao meu ver” simplesmente não existe.
    Exemplos: A meu ver, os resultados foram satisfatórios.

7. “Há alguns anos atrás”

Essa frase é redundante. Há duas maneiras corretas para relatar eventos do passado.
    Exemplos: - Eu a conheci há dez anos.
                     - Eu a conheci dez anos atrás.

8. “Ratificar” e “Retificar”

O termo “ratificar” implica confirmação, comprovação. Já “retificar” significa corrigir.
    Exemplos: - Após analisar os dados, ratifico tudo que disse antes.
                      - Após analisar os dados, retifico algumas falhas não percebidas antes.

9. “Mas” e “Mais”

Muitas pessoas confundem esses termos, já que na maneira de escrever são muito semelhantes. “Mas” é uma conjunção adversativa, e pode ser substituído por “porém”. “Mais” é um advérbio de intensidade.
    Exemplo: - Fui até o local indicado, mas não encontrei Paulo.
                    - Paulo deveria ter sido mais claro.

10. “Trás” e “Traz”.

Embora sejam palavras foneticamente semelhantes, há diferenças em sua utilização. “Trás” é sinônimo de parte posterior, enquanto “traz” é a conjugação do verbo “trazer”.
    Exemplos: - Olhei para trás e vi duas pessoas me perseguindo.
                      - Todas as quintas, ela traz bolinhos e chá.

11. “Para eu” e “Para mim”.

“Para eu” deve ser utilizado quando o sujeito for seguido de qualquer verbo no infinitivo, indicando uma ação. Já “para mim” é um pronome pessoal oblíquo, e sempre precedido de preposição. Ou seja, como complemento de uma oração.
    Exemplos: - Preciso fazer compras para eu comer.
                      - Ela olhou para mim e sorriu.

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