Pular para o conteúdo principal

Erros de Português: Gêmeos do mal (parte 1).

É mais fácil errar do que acertar, e na escrita não é diferente! Mas não podemos nos dar por vencidos e, sim, tentar e tentar novamente.

Para ajudar você, nosso leitor/escritor do blog, vamos postar dicas e possíveis erros de português. Te liga!

1. "Mal" e "mau".

     "Mau" é um adjetivo, ou seja, podemos usar ele para expressar características. Exemplo: Os três porquinhos e o lobo mau.
     Já "mal" pode ser ou advérbio ou substantivo. Exemplo: A luta entre o bem e o mal nunca acaba.


2. "Bem" e "bom".

     "Mal" é o contrário de "bem". Isso significa que "mau" é o contrário de "bom", claramente. 
     Isso parece meio confuso, então te liga nessa dica:


3. "Independente de" e "independentemente de".

    Novamente, existe uma diferença entre adjetivo e advérbio. "Independente" pode ser uma qualidade ou um estado, isto é: um adjetivo. Exemplo: Com que idade os jovens se tornam independentes dos pais?
  "Independentemente" é um advérbio de modo e quer dizer a mesma coisas que "de forma independente". Exemplo: Independentemente da nossa idade, sempre precisaremos do apoio da família.

4. "A princípio" e "em princípio"

     A palavra "princípio" pode se referir tanto a ideologias e valores como o começo de alguma coisa.
Para achar a diferença entre essas duas expressões é preciso, somente, saber que com "a" ela tem sentido de início, e com "em" tem o significado de valor ou essência.
     Exemplo: - A princípio, pensava-se que a Terra era o centro do universo.
                      - A poesia é, em princípio, a arte de escrever em versos.

5. "Há" e "a".

     "Há" é verbo (haver) e "a"  preposição, mas a pronúncia idêntica acaba fazendo com que muitas pessoas se atrapalhem na hora de escrever. Além do mais, a dificuldade aumenta quando se é usado "há" para indicar tempo passado, se confundindo com a preposição "a" que apenas marca uma distância (de tempo ou espaço).
     Exemplos: - Há muito tempo, os dinossauros foram extintos.
                       - O supermercado mais próximo fica a dez metros daqui.
                       -  No ano passado, comprei meus presentes com antecedência: a dois meses do Natal.

6. “Haver” e “a ver”

Outro Além de ser confundido com "a", "haver” é confundido com a expressão "a ver". Essas palavras, na realidade, não tem nada em comum. Uma e a outra indica uma afinidade (ou não) entre duas coisas.
      Exemplos: - Quando chove muito, pode haver enchentes na cidade.
                        - É possível que dois gêmeos sejam bem parecidos ou, pelo contrário, não tenham nada a ver um com o outro.

7. “Haja” e “aja”

Sim, há ainda mais uma forma de fazer confusão com o verbo “haver”. Na verdade, é bem fácil distingui-lo de “aja”, do verbo “agir”: é só ver se dá para trocar por “existir”.
      Exemplo: - Mesmo que haja (ou exista) algum risco, vale a pena investir nesse setor.
                       - Para que a empresa se recupere da crise, é preciso que a administração aja imediatamente.

8. “Vem” e “veem”

Os dois são verbos, mas o primeiro (com um “e” só) é de “vir”, o segundo (com dois "e") é conjugação de “ver”.
     Exemplo: - Você prometeu que vem me visitar amanhã.
                      - Eles não veem a hora de se encontrar de novo.

9. “A gente” e “agente”

Se for separado, tem o sentido de "nós" e se for junto, tem o sentido de profissão.
     Exemplo: - James Bond é o agente secreto mais famoso do mundo.
                      - Por que você não vem com a gente ao cinema?

10. “Acerca de” e “cerca de”

“Acerca de” é o mesmo que “sobre” ou “a respeito de”. Já “cerca de” vem da expressão em latim circa, podendo significar tanto “perto de”, quanto “mais ou menos”.
     Exemplo: - Preciso falar com você acerca de um problema pessoal.
                      - Estima-se que a população mundial tenha chegado, hoje, a cerca de 7,4 bilhões de pessoas.


Para dicas de Português, clique aqui.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto LXXXVIII - William Shakespeare.

 Quando me tratas mal e, desprezado, Sinto que o meu valor vês com desdém, Lutando contra mim, fico a teu lado E, inda perjuro, provo que és um bem. Conhecendo melhor meus próprios erros, A te apoiar te ponho a par da história De ocultas faltas, onde estou enfermo; Então, ao me perder, tens toda a glória. Mas lucro também tiro desse ofício: Curvando sobre ti amor tamanho, Mal que me faço me traz benefício, Pois o que ganhas duas vezes ganho. Assim é o meu amor e a ti o reporto: Por ti todas as culpas eu suporto. William Shakespeare.

Crônica: A importância da leitura.

"Alguns meios estão nos roubando o prazer de viajar pela leitura".      Cerca de 45% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou nenhum livro, ou seja, há um número alto de pessoas que não se interessam por leitura. Algumas sabem que é importante, mas por algum motivo não conseguem ler. A leitura é muito importante para ampliar conhecimentos, aliás faz bem para a alma e para a saúde mental.     Em minha opinião, antigamente as pessoas liam muito mais, pois era um meio de aprender, se informar, além de ser um passa tempo saudável. Já hoje em dia, para fazer essas coisas, nós temos televisões, celulares, tablets, computadores entre outros produtos. Por esses fatos as pessoas procuram menos os livros.      Por mais que as escolas tentam estimular a leitura, as tecnologias também estimulam as pessoas por um lado negativo, ou seja, deixar de viver em outro mundo fantástico sem sair do lugar.      Já foi comprovado que a leitura aj...

Os Viajantes e o Urso - Esopo

Um dia dois viajantes deram de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia conseguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou: – O que o urso estava cochichando em seu ouvido? – Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo. Moral da história: A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade. Esopo.